Distantes aos olhos da maior parte da sociedade, a situação que vivem os detentos no presídios e cadeias públicas é um questionamento necessário. Como forma de redimir suas penas, e consequentemente ocupar o tempo ocioso com outras atividades, a arte e a cultura são dois elementos importantes no processo de ressocialização, capaz até de diminuir os índices de fugas nas casas penitenciárias.
Na cadeia pública de Pocinhos, artistas locais uma vez por mês desenvolvem o projeto “Abrindo a menta para a liberdade”,que tem o poeta e ativista cultural pocinhense Tiago Monteiro, como coordenador cultural. Na última sexta-feira(29), o os apenados puderam contar com a apresentação do músico Fuba, cantando grandes sucessos nacionais com Voz e Violão, além de Alef Prado e Rafael, estudantes de psicologia, e a socióloga Marlene Souza.
“Esse projeto visa a remição da pena através da leitura, e resumo de obras de literárias. Nesse primeiro momento está sendo trabalhado a literatura de cordel, e acontece uma vez por mês, sempre na primeira sexta-feira de cada mês, e sempre levamos um artista convidado”, resume Tiago Monteiro, listando que o projeto também já contou com a participação do cantor e sanfoneiro Artur Coco Sêco, do Secretário Estadual de Cultura Lau Siqueira e da Doutora em Psicologia, Myrna Maracajá, em outras edições.
“A Ideia do projeto é de que ele seja ampliado, neste segundo semestre do ano, com oficinas de dança, pintura e cinema”, completa Tiago. O projeto é realizado pela defensoria pública, na pessoa de Monaliza Maelly, e a sociedade civil.” Convidamos todos para fazerem parte de nosso time, pois ninguém é tão ignorante que não possa ensinar e nem tão sábio que não possa aprender”, finaliza o coordenador cultural.
Redação
