O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer apuração rigorosa sobre o atentado feito por um homem-bomba, na noite da última quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. No momento do episódio, o chefe do Executivo estava no Palácio da Alvorada e foi municiado com informações dadas pelo diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues.
A informação foi repassada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. A visão do governo é de que o episódio não é um fato isolado. Em conversa com jornalistas, o titular citou outros eventos que, em sua visão, estão correlacionados: explosão de bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, tiros de Roberto Jefferson e de Carla Zambelli e os atos de 8 de Janeiro de 2023, por exemplo.
Na noite de quarta-feira (14), um carro explodiu no anexo 4 da Câmara dos Deputados. Segundos depois, um homem jogou um explosivo em frente ao STF. O segundo explosivo pegou nele próprio, o que ocasionou em sua morte. Conforme apurou a reportagem, o homem é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que inclusive foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020.
Os policiais concluíram a varredura na Praça dos Três Poderes e constataram que não há mais riscos na área. “Na área da Praça dos Três Poderes não há mais artefatos. Todos já foram retirados, em operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Federal”, afirmou o chefe de operações, Alexandre Patury. O inquérito sobre o episódio será relatado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
A PF afirma que o atentado em Brasília não é um fato isolado. Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, destacou que o episódio está conectado com outras ações. Além disso, a corporação investiga eventual relação entre o homem-bomba com os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023. O órgão apura possíveis crimes cometidos por Francisco Wanderley Luiz: ação terrorista e abolição violenta do Estado democrático de direito.
Agenda
Lula manteve a agenda prevista para quinta-feira (14), em que recebeu as credenciais de oito embaixadores. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Depois, o presidente vai viajar ao Rio de Janeiro, onde participa do G20 Social.
Na ocasião, foram recebidas as seguintes credenciais: Guillermo Daniel Raimond (Argentina), Abdelaziz Benali Cherif (Argélia), Murad Ashraf Janjua (Paquistão), Choi Yeong Han (Coreia), Compton Bourne (Guiana), Leulseged Tadese Abebe (Etiópia), Selma Nghinamundova (Namíbia) e Flavio Gabriel Méndez Altamirano (Panamá).
Por R7