Governador de Goiás, Ronaldo Caiado e prefeito eleito de Goiânia são condenados por abuso de poder político

Segundo o Ministério Público Eleitoral, os dois teriam utilizado o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, para promover eventos de apoio à candidatura de Mabel, configurando uso indevido da máquina pública.

Publicado: 11/12/2024

FOTO: REPRODUÇÃO

A Justiça Eleitoral de Goiânia condenou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o prefeito eleito da capital, Sandro Mabel (União Brasil), por abuso de poder político durante as eleições de 2024. Segundo o Ministério Público Eleitoral, os dois teriam utilizado o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, para promover eventos de apoio à candidatura de Mabel, configurando uso indevido da máquina pública.

A decisão, assinada pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, estabelece multas de R$ 60 mil para Caiado, R$ 40 mil para Mabel e R$ 5,3 mil para Cláudia Lira, vice-prefeita eleita. Além disso, a sentença decreta a inelegibilidade do governador por um período de oito anos, com início a partir das eleições de 2024.

A magistrada destacou em sua decisão o caráter “reprovável” das ações de Caiado, considerando-as um desrespeito à legislação eleitoral. “Não se espera de um político da sua envergadura tamanho descaso com a legislação eleitoral, inclusive porque está assessorado por advogados com larga experiência em matéria eleitoral. Restou demonstrado que o investigado usou de seu poder de Governador do Estado e, em franco desvio de finalidade, organizou os eventos eleitoreiros, convocou seus convidados, subiu na tribuna e fez campanha eleitoral dentro de um prédio que pertence ao Estado de Goiás”, escreveu.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral, nos dias 7 e 9 de outubro de 2024, Caiado teria promovido jantares no Palácio das Esmeraldas para vereadores eleitos, suplentes e lideranças políticas, em eventos com objetivo explícito de angariar apoio para Sandro Mabel. As reuniões, que tiveram caráter político-eleitoral, configuram, segundo a acusação, uso indevido do aparato estatal.

A decisão judicial reforça que o governador utilizou recursos e espaços públicos para fins privados, comprometendo a lisura do processo eleitoral.

PB Agora

COMPARTILHE AGORA

OUTRAS NOTÍCIAS

Rolar para o topo