Campina Grande se prepara para uma data histórica: em 19 de janeiro de 2025, Treze e Campinense se enfrentarão pelo Clássico dos Maiorais, que completa 70 anos de rivalidade, celebrando a paixão e a tradição do futebol nordestino.
O primeiro duelo entre o Galo da Borborema e a Raposa aconteceu em 27 de novembro de 1955, no Estádio Municipal Plínio Lemos. Naquela ocasião, a cidade de Campina Grande viu o início de uma das mais icônicas rivalidades do futebol brasileiro. Batizado como “Clássico dos Maiorais” pelo lendário cronista esportivo Joselito Lucena, o confronto transcendeu os gramados, tornando-se parte integrante da identidade cultural e esportiva da região.
Em 2025, outro marco será comemorado: os 50 anos do Estádio Governador Ernani Sátyro, carinhosamente chamado de “Amigão”. Também batizado por Joselito Lucena como o “Colosso da Borborema”, o Amigão tem sido o cenário das mais memoráveis batalhas entre alvinegros e rubro-negros desde sua inauguração em 1975. A próxima edição do clássico, marcada para o dia 19 de janeiro, promete ser uma festa dentro e fora de campo.
Uma Rivalidade Histórica
Ao longo das sete décadas, Treze e Campinense construíram uma rivalidade que ultrapassa os 400 confrontos oficiais, recheados de momentos emblemáticos. Decisões de campeonatos estaduais, disputas de acesso e partidas que definiram destinos fazem parte desse legado. Cada encontro carrega consigo uma atmosfera única, regida pela paixão das torcidas, que enchem arquibancadas e ruas com suas cores, cânticos e bandeiras.
“O Clássico dos Maiorais é um retrato da alma campinense. Ele é intenso, emocionante e carrega uma história que não se limita ao futebol. São 70 anos de memórias compartilhadas entre gerações”, ressalta o historiador José Roberto Medeiros.
O Amigão: Cenário das Grandes Glórias
O Amigão, que completa cinco décadas em 2025, tornou-se o principal palco das disputas entre Treze e Campinense. Além do Clássico dos Maiorais, o estádio recebeu momentos históricos do futebol nordestino e brasileiro. Sua inauguração, em 8 de março de 1975, foi marcada por um amistoso entre o Botafogo-RJ e o Campinense, mas foi no embate entre alvinegros e rubro-negros que ele consolidou seu status de ícone esportivo.
Joselito Lucena, além de batizar o estádio, imortalizou a expressão “Colosso da Borborema” para descrever a imponência da arena. “O Amigão é mais do que um estádio; é um símbolo da paixão pelo futebol em Campina Grande”, afirma o cronista esportivo Cláudio Oliveira.
Expectativa para 2025
O encontro marcado para 19 de janeiro deste ano histórico promete mobilizar toda a região. As torcidas já se preparam para celebrar o passado e projetar o futuro de suas equipes. Para o Treze, o objetivo é reafirmar sua supremacia nos confrontos. Já o Campinense busca escrever um novo capítulo de vitórias.
Independentemente do resultado, o Clássico dos Maiorais e o Amigão permanecerão como marcos indissociáveis da história de Campina Grande. A data reforça a tradição, a paixão e a resistência de um futebol que pulsa com a energia do povo nordestino.
Repórter Jilton Lucena