Estudantes paraibanos relatam frustração e medo da medida de Trump que pausou a concessão de vistos estudantis para os EUA

Sem previsão de retorno para a emissão de vistos estudantis para os Estados Unidos, universidades recomendam que estudantes procurem outros países para intercâmbio.

Publicado: 05/06/2025

FOTO ILUSTRATIVA/REPRODUÇÃO



Perto de terminar o curso superior de jornalismo na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Raylson dos Santos se preparava para viver um grande sonho: fazer intercâmbio no Estados Unidos. Por outro lado, viu os planos serem interrompidos com a medida do governo de Donald Trump, que ordenou a todos os consulados dos Estados Unidos no mundo que interrompam a concessão de vistos de estudantes.

“Eu sempre tive esse sonho de fazer um intercâmbio. Eu acho que ter a possibilidade de viajar, de morar em outro país, enriquece muito o seu currículo profissional e pessoal, principalmente nos Estados Unidos”, explicou o jovem.

O paraibano conseguiu um intercâmbio de cinco meses em Nova York por meio do programa de mobilidade acadêmica da UFPB, que possui cooperações e acordos estudantes e acadêmicos com países de várias partes do mundo. Porém, mesmo tendo passado por todo o processo de seleção, Raylson descobriu que não poderá mais viajar para os EUA.

“Eu já estava buscado passagem área, tinha um planejamento avançado. Fiquei muito triste”, lamentou.

Fábia Mesquita, gerente do setor de vistos, explicou que as decisões do governo americano são impostas e geralmente não são avisadas com antecedência.

“Os que já estavam agendados estão podendo fazer a entrevista de visto de estudante. Mas os novos agendamentos estão suspensos. Vale ressaltar que a suspensão não é a nível Brasil, mas para todos os consulados”, destacou.

Embora a medida do governo americano afete diretamente quem estava planejando viajar em pouco tempo, quem já está no país teme pela permanência no local. É o caso de Natalia Nery, que é intercambista na Carolina do Sul desde o ano passado.

“Algumas universidade enviaram e-mail dizendo que evitassem sair do país. Na minha universidade não houve isso. Gera uma dúvida, uma insegurança ficar sem saber que se a gente for visitar a família no Brasil, a gente vai conseguir voltar”, reforçou.

Sem a previsão de retorno para a emissão de vistos estudantis para os Estados Unidos, a recomendação das universidades é de que os estudantes procurem instituições em outros países para que possam passar pelo processo de seleção de intercâmbio.

É isso que o Raylson vai fazer, tentar uma nova oportunidade antes de terminar a graduação.

Com g1 PB

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