Tel Aviv/Teerã — O confronto entre Israel e Irã continua intenso, com troca de ataques aéreos desde a última sexta-feira (13). A escalada já deixou mais de 500 mortos, entre civis e militares — número apontado por grupos como o Human Rights Activists, embora dados oficiais indiquem ao menos 248 vítimas. Apesar do tom alarmante nas redes internacionais, os Estados Unidos não confirmaram participação direta no conflito, apesar de terem intensificado mobilização militar na região.
A ofensiva israelense, denominada “Operação Leão Ascendente”, visou instalações nucleares e estratégicas em Teerã e outras localidades do Irã. Em resposta, o Irã lançou dezenas de mísseis balísticos e drones — a chamada “Operação Promessa Verdadeira III” — direcionados a cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Sistemas antiaéreos, com apoio de aliados regionais, interceptaram a maioria dos projéteis, embora ao menos 63 pessoas tenham sido feridas em Israel.
Enquanto isso, os EUA aumentaram sua presença militar no Oriente Médio. Foram deslocados porta-aviões, caças, aviões-tanque e equipamentos de apoio — incluindo navios especialistas em desminagem — para locais estratégicos como o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, além de reforços enviados da Europa. Parte desse movimento foi motivada por declarações do presidente Donald Trump, que comentou em redes sociais sobre conhecer a localização do líder supremo iraniano Ali Khamenei e ter “controle total dos céus do Irã”.
Autoridades da Casa Branca e do Pentágono mantêm discurso cauteloso. Segundo o secretário de Estado Marco Rubio, os ataques até agora foram unilaterais de Israel, e não envolveram as forças dos EUA. Trump, por sua vez, afirmou que “talvez” os EUA entrem no conflito, mas sem decidir — “ninguém sabe o que vou fazer”. Questionado, não negou a possibilidade nem confirmou, mantendo o foco num ultimato ao Irã: exigência de rendição incondicional.
Suspeita-se, no entanto, que a forte movimentação militar americana sirva como sinal claro de apoio a Israel e pressão sobre Teerã, sobretudo considerando o reposicionamento do porta-aviões USS Nimitz e já alinhado com o USS Carl Vinson no Mar da Arábia. Analistas apontam que, mesmo sem confirmação oficial, estas movimentações podem facilitar um eventual envolvimento militar americano.
Caso os EUA entrem, irá potencializar um conflito regional amplo, mobilizando aliados do Irã — como o Hezbollah, milícias no Iraque e Iêmen — e alterando os rumos das negociações nucleares suspensas com Washington.
Por Redação com Informações do g1