Acusado de feminicídio em Serra Redonda é condenado a 28 anos de prisão

O julgamento foi realizado nesta terça-feira (5), no Tribunal do Júri de Ingá.

Publicado: 06/11/2024

FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) garantiu a condenação de Jovenildo Dias da Silva a 28 anos de prisão pelo assassinato de sua companheira, Célia Ferreira Evangelista, crime ocorrido em 2022 em Serra Redonda. O julgamento foi realizado nesta terça-feira (5), no Tribunal do Júri de Ingá, e o promotor de Justiça José Antônio Neves Neto representou o MPPB. Os jurados acataram as qualificadoras apresentadas pela acusação, incluindo motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima.

Segundo a denúncia, o crime aconteceu na madrugada de 27 de junho de 2022, quando o réu esfaqueou Célia Ferreira após uma discussão, sem dar a ela qualquer chance de defesa. A agressão ocorreu na presença dos três filhos da vítima. De acordo com o relato do MPPB, o casal voltava das festas juninas de Serra Redonda, já em conflito verbal, e estavam acompanhados pela irmã da vítima, que deixou o local logo depois, permanecendo apenas o casal e as crianças.

O filho mais velho testemunhou que, após a saída da tia, os pais voltaram a discutir em voz baixa no quarto. Pouco depois, ele ouviu sua mãe chamando por seu nome e a encontrou caída, com uma facada no pescoço. Câmeras de monitoramento registraram a fuga de Jovenildo do local vestindo apenas um calção e portando um celular. O laudo pericial apontou que a vítima morreu devido a uma perfuração abaixo da orelha.

O promotor José Antônio Neves Neto destacou o papel do MPPB em defender as vítimas e a vida. “O papel do Ministério Público no tribunal do júri é, sobretudo, defender as vítimas e, em especial, o bem jurídico maior: a vida”, afirmou.

Na sentença, a juíza Rafaela Pereira Toni Coutinho manteve a prisão preventiva do condenado e negou-lhe o direito de recorrer em liberdade, justificando a decisão pelo fato de o réu ter ficado foragido durante o processo e pela continuidade das razões que motivaram a decretação da prisão.

Fonte: PB Agora

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