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Álcool e cigarro: fatores de risco para o câncer de boca

Especialista explica que a doença pode aparecer como feridas que não cicatrizam

Publicado: 14/07/2022

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 15 mil casos de câncer de boca são registrados por ano no Brasil, e a maior incidência da doença acontece em pessoas acima dos 40 anos, especialmente no público masculino. O professor e mestre em Patologia Oral e Estomatologia, Helder Domiciano, docente no UNINASSAU- Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande, explica como se manifesta a doença.

“Ele se apresenta como um tumor maligno, e afeta lábios, gengivas, céu da boca, bochechas e língua”, explicou. Sobre as causas, Helder destaca que o aparecimento do câncer não tem razões específicas, mas existem hábitos, como o tabagismo, que contribuem para o aparecimento. “Temos os fatores de risco, que estão relacionados a uma maior propensão de se ter a doença, em decorrência do uso excessivo de determinada substância. Entre esses, os mais evidentes, incluem o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. O risco é trinta vezes maior para os indivíduos que fumam e bebem, em comparação com aquelas pessoas que não o fazem”, acrescentou.  

Ainda de acordo com o especialista, o câncer se manifesta, na boca ou nos lábios, como feridas que não cicatrizam, nódulos, inchaços, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora, rouquidão persistente e manchas brancas ou vermelhas. O professor Helder alerta que, muitas vezes, o paciente demora a perceber a presença do tumor. “Geralmente essas lesões não doem inicialmente, o que contribui para diagnósticos tardios e impacta diretamente no tempo de vida dos pacientes. Em boa parte dos casos, as pessoas procuram atendimento apenas quando sentem uma dor, ou dificuldade para falar e engolir. Esse é o pior cenário para enfrentar a doença”, explicou. 

PREVENÇÃO 

Segundo Helder Domiciano, a maioria dos casos que chegam para o atendimento são de pessoas que fumam e consomem bebida alcoólica em excesso, e não possuem o hábito de ir ao dentista. “Isso está atrelado ao fato de que esse público é mais adepto do tabagismo e etilismo. Entretanto, há casos de quem teve a doença sem possuir esses hábitos. Por isso, é importante, para quem não tem o hábito de ir ao dentista, diminuir a quantidade de consumo dessas substâncias”, pontuou.  

Ele sugere que o paciente faça a higienização correta, com a escovação dos dentes, uso de fio dental e enxaguante bucal. “Além da limpeza, é importante se prevenir fazendo visitas periódicas a um profissional habilitado”, complementou.

Assessoria

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