Em uma sessão que beira o surreal, a presidência da Câmara de Montadas, liderada por Eliane Artur (PSDB), revelou um total descompasso e falta de preparo, permitindo que a vereadora Daguia de Naldo (PSD) assumisse o protagonismo de maneira inesperada – e para muitos, necessária.
Durante os trabalhos, Eliane mostrou-se visivelmente insegura, incapaz de impor a ordem e comandar a sessão com autoridade. Repetidas vezes interrompida, a presidente demonstrou claro desconhecimento dos trâmites regimentais da casa, resultando num clima de confusão e desordem. Enquanto isso, Daguia de Naldo aproveitou o momento para questionar os atos da liderança, ganhando o apoio de diversos presentes e das redes sociais, onde os memes sobre a situação se espalharam rapidamente.
Entre as deliberações, destaque para a aprovação de mudanças que ampliam os quadros de cargos comissionados, incham a máquina pública e aumentam os gastos do município – medidas que, segundo críticos, prejudicam os servidores efetivos e fragilizam os direitos dos concursados. A revogação das Leis Nº 653, 654 e 655, que permitiu essa expansão desmedida, levantou suspeitas de articulação entre vereadores que deveriam estar na oposição, mas que, em um gesto de acomodação, optaram por acompanhar a linha do atual comando da Casa.
Enquanto Eliane tentava, sem sucesso, manter a ordem, a postura enérgica de Daguia de Naldo acabou por evidenciar a real necessidade de renovação na condução dos trabalhos legislativos.
A sessão de 3 de fevereiro ficará marcada como um exemplo claro de como a falta de liderança pode abrir espaço para manobras que beneficiam poucos.
Redação