Os advogados do Padre Egídio, investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) pelos desvios de recursos e doações, do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, que chegam a mais de R$ 140 milhões, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para livrar o religioso da cadeia.
Egídio foi preso no dia 17 de novembro, na primeira fase da Operação Indignus, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) do MPPB. Na ocasião, Jannyne Dantas e Amanda Duarte, ex-funcionárias do hospital, também foram presas. Segundo as investigações elas teriam ajudado o religioso na corrupção financeira da unidade de saúde.
O pedido de Habeas Corpus foi enviado ao STF no dia 2 de janeiro. Após um sorteio, o processo será analisado pela ministra Cármen Lúcia. De acordo com o status do processo no site da corte, o pedido já foi encaminhado à relatora nesta segunda-feira, 8 de janeiro, e aguarda a decisão final (veja foto abaixo).

Os advogados do padre alegam que a prisão e as investigações estão cercadas de ilegalidade, e cita o estado de saúde de Egídio. Os defensores afirmam também que o religioso não oferece riscos à sociedade e colaborou com a sua detenção.
Esta não é a primeira vez que os advogados do religioso tentam tirar Egídio da prisão, dois outros pedidos já foram negados. Em 28 de novembro de 2023, o ministro Teodoro Silva Santos, da 6º Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de Habeas Corpus. Não satisfeitos, os advogados recorreram ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), no dia 4 de dezembro de 2023. O desembargador Ricardo Vital negou o pedido pela segunda vez.
Portal Paraíba