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Ex-funcionário da Energisa denuncia esquema de desvio de energia, no município de Itaporanga

Publicado: 09/07/2018

Comarca de Itaporanga(Foto:TJPB)

O Juiz da comarca do município de Itaporanga, Sertão do estado, o magistrado Antônio Eugênio Leite, homologou a delação, autorizou prisões, buscas e apreensões de pessoas investigadas por fraudar e desviar energia elétrica. A delação foi feita por um ex-funcionário da empresa fornecedora Energisa Paraíba S/A, que supostamente está envolvido no esquema e denunciou outras pessoas.

O depoimento foi utilizado para dar suporte às investigações da polícia, que, desde o início da semana, através da Operação Hemera, fase II, está realizando prisões temporárias e cumprindo Mandados de Busca e Apreensão, no Município, autorizados pela Justiça estadual local.

Juíz da Comarca de Itaporanga, magistrado Antônio Eugênio Leite

Segundo o relatório, o esquema busca fraudar as leituras de energia elétrica, de modo a apresentar consumo abaixo do verdadeiramente utilizado, com a alimentação de dados falsos no sistema da concessionária ou, ainda, por meio da alteração no próprio medidor de energia. Também consta no documento que o desvio vem sendo realizado há anos na cidade e em municípios vizinhos, com a participação de diversos envolvidos, entre comerciantes e políticos, apontando para a existência de uma possível associação criminosa.

Com a prisão do eletricista e ex-funcionário da Energisa, foi negociada e homologada a delação do mesmo, por meio da qual vem sendo possível desarticular o esquema, que, supostamente, envolve comerciantes locais (lanchonetes, restaurantes, mercado público, rodoviária), além de políticos e pessoas com alto poder aquisitivo da cidade, de acordo com o juiz.

Na decisão, o magistrado explicou que autorizou as prisões temporárias, por haver fortes indícios de participação dos representados e pela necessidade da medida para as investigações do inquérito policial. Em relação à autorização da busca e apreensão, Antônio Eugênio disse se tratar de uma medida destinada a impedir o perecimento das coisas e pessoas que interessem à instrução criminal, além de possuir natureza jurídica de medida cautelar. “Há ‘perigo da demora’, vez que fora decretada a prisão temporária de alguns investigados (relacionados ao núcleo responsável de executar as fraudes nos equipamentos de medição de energia e outras), sendo premente a análise e concessão do pleito, sob pena de perecimento da prova, prejudicando as investigações”, analisou.

O juiz explicou, ainda, que os nomes dos investigados não puderam ser divulgados, visto que a processo está em sigilo, até que seja efetivada toda a decisão.

Redação com TJ

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