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Suspeitos de matar estudante estavam desarmados e cometeram primeiro assalto

"Eles não planejaram quem seria a vítima. Poderia ter sido qualquer um", diz delegado

Publicado: 04/01/2022

Daniel Vitor tinha 21 anos (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

A Polícia Civil divulgou, em coletiva na manhã desta terça-feira (4), que o estudante de Engenharia Civil e motorista por aplicativo Daniel Vitor Cavalcanti Brito, de 21 anos, foi vítima de um ex-casal sem experiência em atividades ilícitas.

As investigações apontam que Bruno Santos Silva, de 35 anos, e Pamela Nicoly Brito da Silva, decidiram repentinamente realizar um assalto para levantar recursos para despesas familiares, após a mulher relatar que estava com dificuldades financeiras, na noite do dia 31 de dezembro.

Os suspeitos escolheram um trajeto aleatório em um aplicativo de transportes. “Eles não planejaram quem seria a vítima. Poderia ter sido qualquer um”, disse o delegado Demetrius Patrício, responsável pelas investigações.

Bruno Santos Silva foi preso nessa segunda-feira (3). Em depoimento, ele contou que, ao final da viagem, disse ao motorista que estava apenas com uma nota de R$ 100. A intenção era forçar Daniel a passar troco para observar onde ele guardava dinheiro. No entanto, a vítima informou que não tinha a quantia necessária para acertar as contas com os clientes.

Bruno e Pâmela teriam ficado nervosos e, por impulso, pegaram o cabo do carregador do celular do motorista para imobilizá-lo. O objeto foi utilizado para asfixiar a vítima.

“A vítima desmaiou e foi colocada no banco de trás do carro. Por saberem que tinham deixado suas impressões digitais no veículo, os suspeitos decidiram atear fogo. E foi justamente por conta da inalação de fumaça que Daniel morreu“, informou o delegado.

Ainda conforme as apurações da Polícia Civil, após o crime Pamela Nicoly Brito da Silva, que havia feito o pedido da corrida, pegou o celular da vítima para tentar evitar ser identificada pela polícia. Ela procurou os dois filhos e a atual companheira, se despediu dos três e disse que precisava ir embora pois tinha feito algo de errado. Segundo a Polícia Civil, a suspeita também pediu que a parceira saísse da casa onde moravam e levasse as crianças junto.

Na delegacia, Bruno Santos Silva disse que achou que não seria identificado e resolveu ficar na cidade. Ao ser pego, ele confessou o crime e disse que estava arrependido.

Pamela Nicoly Brito da Silva permanece foragida. A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva dela.

Portal Correio

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