Entenda como vai funcionar programa do Governo Federal de entrega de gás de cozinha para famílias vulneráveis

Cerca de 60 milhões de pessoas serão beneficiadas; programa é destinado para famílias inscritas no CadÚnico.

Publicado: 04/09/2025

FOTO: REPRODUÇÃO



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (4) o programa Gás do Povo, que substitui e triplica o número de beneficiados no Auxílio Gás. No lugar do benefício em dinheiro, com o novo programa cada família vai retirar diretamente o botijão de gás nas revendedoras credenciadas pelo governo federal.

Ao todo, serão 15,5 mil famílias beneficiadas, que devem atingir quase 50 milhões de pessoas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia adiantado o lançamento do programa em entrevista exclusiva à RECORD na semana passada.

Na agenda de Contagem, Lula aproveitou para criticar o preço final do produto. “As pessoas mais pobres sabem que um botijão de gás de 13 kg sai da Petrobras a R$ 37 e chega no consumidor a R$ 140, R$ 150. Então, estamos assumindo a responsabilidade que uma pessoa não pode gastar 10% do salário mínimo para comprar gás e que pessoas mais pobres possam receber o gás de graça, para a gente não ver acidente com álcool, acidente com querosene ou com lenha”, destacou o petista.

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o gás de cozinha vai ser tratado agora como item essencial para assegurar a alimentação, dignidade e bem-estar da população.

“O Gás do Povo combate a pobreza energética, garante alívio no orçamento das famílias que mais precisam e ainda protege a saúde, principalmente de mulheres e crianças, que utilizam a lenha, álcool e outros materiais inflamáveis e tóxicos. Portanto, é um dos programas sociais mais importantes e completos do nosso governo, cuidando diretamente das pessoas”, defende.

Quem tem direito?

O benefício será dado às famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único), com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa. As pessoas que recebem Bolsa Família terão prioridade e cada família terá direito a uma quantidade de botijões por ano, conforme a composição familiar.

Segundo o governo, serão até três botijões para famílias de dois integrantes; até quatro para famílias com três integrantes; e até seis botijões anuais para famílias com quatro ou mais membros. Ao todo, o programa distribuirá cerca de 65 milhões de botijões por ano.

O programa vai funcionar por meio de um aplicativo, em que o beneficiário poderá localizar revendas credenciadas e acessar o vale eletrônico, com o cartão do próprio programa ou por meio de vale impresso que será retirado nas agências da Caixa ou em lotéricas. Também será possível usar o cartão do Bolsa Família.

A revenda do gás de cozinha terá identidade visual padronizada, incluindo nos pontos de venda, botijões, veículos e materiais de comunicação.

Valor regionalizado

O valor do benefício será definido em cada região pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, com base em dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A Região Nordeste concentra o maior número de famílias contempladas. A estimativa é de que mais de 7,1 milhões de famílias nordestinas sejam atendidas. Na sequência aparecem Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil).

Entre as Unidades da Federação, oito terão mais de um milhão de famílias beneficiadas. São elas: Pará (1,11 milhão), Maranhão (1,01 milhão), Ceará (1,13 milhão), Pernambuco (1,14 milhão), Bahia (1,84 milhão), Rio de Janeiro (1,12 milhão), Minas Gerais (1,20 milhão) e São Paulo (1,87 milhão).

Custeio

O governo prevê para este ano cerca de R$ 3,57 bilhões na LOA (Lei Orçamentária Anual) para a implementação da política pública. Para 2026, serão destinados quase R$ 5,1 bilhões. O programa será custeado integralmente com recursos públicos, sem necessidade de créditos extraorçamentários.

No Brasil, cerca de 12 milhões de domicílios ainda utilizam lenha e gás de forma combinada para cozinhar, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre esses, aproximadamente 5 milhões são famílias de baixa renda — um universo de cerca de 15 milhões de pessoas que ainda recorrem à lenha, sobretudo devido ao impacto do botijão no orçamento familiar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (4) o programa Gás do Povo, que substitui e triplica o número de beneficiados no Auxílio Gás. No lugar do benefício em dinheiro, com o novo programa cada família vai retirar diretamente o botijão de gás nas revendedoras credenciadas pelo governo federal.

Ao todo, serão 15,5 mil famílias beneficiadas, que devem atingir quase 50 milhões de pessoas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia adiantado o lançamento do programa em entrevista exclusiva à RECORD na semana passada.

Na agenda de Contagem, Lula aproveitou para criticar o preço final do produto. “As pessoas mais pobres sabem que um botijão de gás de 13 kg sai da Petrobras a R$ 37 e chega no consumidor a R$ 140, R$ 150. Então, estamos assumindo a responsabilidade que uma pessoa não pode gastar 10% do salário mínimo para comprar gás e que pessoas mais pobres possam receber o gás de graça, para a gente não ver acidente com álcool, acidente com querosene ou com lenha”, destacou o petista.

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o gás de cozinha vai ser tratado agora como item essencial para assegurar a alimentação, dignidade e bem-estar da população.

“O Gás do Povo combate a pobreza energética, garante alívio no orçamento das famílias que mais precisam e ainda protege a saúde, principalmente de mulheres e crianças, que utilizam a lenha, álcool e outros materiais inflamáveis e tóxicos. Portanto, é um dos programas sociais mais importantes e completos do nosso governo, cuidando diretamente das pessoas”, defende.

Quem tem direito?

O benefício será dado às famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único), com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa. As pessoas que recebem Bolsa Família terão prioridade e cada família terá direito a uma quantidade de botijões por ano, conforme a composição familiar.

Segundo o governo, serão até três botijões para famílias de dois integrantes; até quatro para famílias com três integrantes; e até seis botijões anuais para famílias com quatro ou mais membros. Ao todo, o programa distribuirá cerca de 65 milhões de botijões por ano.

O programa vai funcionar por meio de um aplicativo, em que o beneficiário poderá localizar revendas credenciadas e acessar o vale eletrônico, com o cartão do próprio programa ou por meio de vale impresso que será retirado nas agências da Caixa ou em lotéricas. Também será possível usar o cartão do Bolsa Família.

A revenda do gás de cozinha terá identidade visual padronizada, incluindo nos pontos de venda, botijões, veículos e materiais de comunicação.

Valor regionalizado

O valor do benefício será definido em cada região pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, com base em dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A Região Nordeste concentra o maior número de famílias contempladas. A estimativa é de que mais de 7,1 milhões de famílias nordestinas sejam atendidas. Na sequência aparecem Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil).

Entre as Unidades da Federação, oito terão mais de um milhão de famílias beneficiadas. São elas: Pará (1,11 milhão), Maranhão (1,01 milhão), Ceará (1,13 milhão), Pernambuco (1,14 milhão), Bahia (1,84 milhão), Rio de Janeiro (1,12 milhão), Minas Gerais (1,20 milhão) e São Paulo (1,87 milhão).

Custeio

O governo prevê para este ano cerca de R$ 3,57 bilhões na LOA (Lei Orçamentária Anual) para a implementação da política pública. Para 2026, serão destinados quase R$ 5,1 bilhões. O programa será custeado integralmente com recursos públicos, sem necessidade de créditos extraorçamentários.

No Brasil, cerca de 12 milhões de domicílios ainda utilizam lenha e gás de forma combinada para cozinhar, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre esses, aproximadamente 5 milhões são famílias de baixa renda — um universo de cerca de 15 milhões de pessoas que ainda recorrem à lenha, sobretudo devido ao impacto do botijão no orçamento familiar.

Por R7

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