O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso nesta sexta-feira (13), em Recife (PE), após tentar emitir um passaporte português em nome do tenente-coronel Mauro Cid.
Cid é um dos réus na ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a tentativa de golpe de Estado. O R7 tenta contato com as defesas dos citados e aguarda resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
Na segunda-feira (9), a PGR (Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito para que Machado seja investigado por obstruir investigações. O órgão também requer que medidas cautelares de busca e apreensão sejam cumpridas e a retirada do sigilo de dados telemáticos e telefônicos.
Segundo a PGR, a PF tem informações de que Gilson Machado teria agido no mês passado para conseguir um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. As investigações apontam que a medida seria para “para viabilizar evasão do país […] com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”.
A PGR justifica a necessidade da investigação visto que o ex-ministro não conseguiu tirar o passaporte estrangeiro, “sendo possível, porém, que ele busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados com o mesmo objetivo”.
Gilson Machado chegou a ser nomeado pelo ex-presidente Bolsonaro como uma das testemunhas de defesa na investigação que apura um suposto golpe de Estado, mas foi liberado de prestar depoimento pela própria defesa.v
Por R7