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Famílias de pacientes do SUS são pressionadas a fazer “vaquinha” para cirurgia particular no João XXIII, denuncia vereador

A denúncia foi apresentada pelo vereador Alexandre do Sindicato (UB) durante as sessões desta terça-feira e quarta-feira na Câmara Municipal de Campina Grande .

Publicado: 20/10/2022

FOTO: REPRODUÇÃO/ASSESSORIA

Em áudios, familiares de pacientes relatam dificuldades para realização de procedimentos e “sugestão” de médicos para custeio de procedimento particular. Uma denúncia extremamente grave foi apresentada pelo vereador Alexandre do Sindicato (UB) durante as sessões desta terça-feira e quarta-feira na Câmara Municipal de Campina Grande em relação às dificuldades impostas pelo Hospital João XXIII para atendimento de pacientes referenciados pelo SUS.

Desta vez, os gargalos na regulação de enfermos, já denunciados pelo parlamentar inclusive junto ao Ministério Público e em audiências públicas na Câmara Municipal, vieram acompanhados de áudios com informações de familiares de pacientes.

Segundo os relatos, funcionários do João XXIII, inclusive médicos, estariam sugerindo às famílias de pessoas internadas na unidade e que precisam realizar determinados procedimentos de urgência, que consigam dinheiro para pagar pelas cirurgias.

Em um dos áudios, uma mulher, familiar de um paciente internado desde o último final de semana, detalha o teor da conversa com um médico diante do quadro grave do paciente e da demora por um encaminhamento cirúrgico.

“Ele (o médico) não chegou a cobrar, mas falou que teria que fazer a cirurgia, que pelo SUS demora muito, que o valor fica entre R$ 18 mil e R$ 30 mil, e era para a família se juntar, fazer uma vaquinha para poder fazer logo. Só que a gente não tem condições de pagar”, relata a mulher.

“EXTREMAMENTE GRAVE”

Na tribuna, o vereador Alexandre do Sindicato considerou a situação “extremamente grave” e cobrou providências das autoridades de saúde. O parlamentar também informou que vai levar a denúncia ao Ministério Público e relatou o caso de um paciente que aguarda por uma transferência para o João XXIII há mais de duas semanas.

“Alguma coisa precisa ser feita. Nós temos denunciado, denunciado, e parece que estamos malhando em ferro frio”, disse. “O que podemos fazer mais? Esperar que esses pacientes continuem morrendo? É inadmissível que esse hospital, assim como o HU, continue fazendo o que tem feito com os cidadãos”, afirmou Alexandre do Sindicato.

Assessoria

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