Com as diversas demandas do cotidiano, é comum que as pessoas se automediquem ao sentir algum tipo de dor no corpo. No entanto, a automedicação pode mascarar ou agravar um problema de saúde.
“Uma possível piora no quadro de saúde do paciente acontece por fatores diversos, como dosagem incorreta e ingestão na hora errada. Inclusive, há pessoas que não seguem a orientação médica. Muitas vezes, o medicamento nem é recomendável para o paciente.
Além disso, a mistura de medicações pode ser fatal para o organismo”, explica Jhonatta Alexandre, doutorando em Farmacologia e coordenador do curso de Farmácia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande.
O farmacêutico também alerta para o uso abusivo dos analgésicos, muito utilizados por quem tem enxaqueca. “Ela pode ocorrer por conta de desidratação ou noite de sono mal dormida, por exemplo. Identificando as causas, é possível descobrir se é preciso ou não tomar a medicação. Às vezes, o quadro pode ser revertido apenas mudando um hábito. Há tratamentos que podem facilmente substituir a medicação. O acompanhamento médico é sempre necessário”.
Alexandre ainda ressalta que a ajuda profissional na indicação de um medicamento pode ser feita até mesmo por um farmacêutico. “Quase todas as farmácias dispõem desse profissional nos horários de atendimento. Dessa forma, é possível sanar algumas dúvidas em poucos minutos de conversa. Se não o farmacêutico, um outro profissional da saúde. O importante é não ingerir o medicamento sem uma orientação de quem entende”, reforça.
Consequências no corpo – Apesar dos efeitos colaterais serem diferentes em cada organismo, Jhonatta pontua que a automedicação excessiva e descontrolada pode afetar o funcionamento de orgãos, como fígado e rins. “Depende muito de como é feita essa associação, assim como a frequência e o volume de medicamentos. Mas usá-los excessivamente pode sim agravar o quadro e ocasionar uma fatalidade”, finaliza.
Com Ascom