O youtuber e humorista, Felipe Bressanim Pereira, de 27 anos, mais conhecido como Felca, natural de Londrina, no norte do Paraná, mas atualmente morando em São Paulo, agitou a internet ao publicar um vídeo em seu canal do Youtube, cujo tema era “adultização”, mais direto: Adultização em crianças e adolescentes, até esse momento, seu vídeo alcançou mais de 16 milhões de visualizações. Nesse conteúdo, Felca aborda um tema que muitas vezes passa despercebido pela sociedade e pela internet, e expôs o caso Hytalo Santos, que até então não tinha repercutido tanto na mídia, sendo mais isolado no estado da Paraíba, onde nasceu.
O vídeo pode ser conferido através desse link: https://youtu.be/FpsCzFGL1LE?si=GVNt2FhC2inVBGXw
Toda monetização do vídeo publicado por Felca será doado para instituições que ajudam crianças vítimas de abuso, basta você assistir ao conteúdo e ajudará muito. Abaixo deixaremos links de instituições que você pode doar, e lembre-se, qualquer quantia é válida:
Childhood: https://www.childhood.org.br/quem-somos/
Instituto Liberta: https://liberta.org.br/
Aldeias Infantis SOS Brasil: https://www.aldeiasinfantis.org.br/
Eu Me Protejo: https://www.eumeprotejo.com/
Fundação Abrinq: https://secure.fadc.org.br/
Quem é Hytalo Santos
O influenciador Hytalo Santos é conhecido por seu grande número de seguidores nas redes sociais, com 17 milhões no Instagram e 7 milhões no YouTube. Seus vídeos, inicialmente focados em danças de brega funk, passaram a incluir conteúdos sobre seu dia a dia com jovens a quem ele chama de “filhos”. Em seus posts, ele afirma que “minha casa vive cheia, e minha família não é perfeita!”, destacando o relacionamento com esses jovens aos quais oferece apoio, como alimentação e cuidados com a saúde e educação.
Santos, além de sua atuação nas redes sociais, gerencia um perfil de sorteio de prêmios com mais de 1,9 milhões de seguidores. Os prêmios oferecidos variam de celulares a automóveis, e o perfil permanece ativo no Instagram, apesar de não ter atualizado seus conteúdos nos últimos dois meses.
Em dezembro de 2023, o influenciador realizou um casamento que gerou grande repercussão, especialmente pela celebração luxuosa e pelos presentes dados aos convidados, incluindo iPhones 15 Pro Max. O custo da festa foi estimado em cerca de R$ 4 milhões. As autoridades continuam monitorando o caso para garantir a proteção dos envolvidos e a investigação completa das possíveis infrações.
O início
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investiga o influenciador digital Hytalo Santos desde 2024, em razão de denúncias relacionadas à exploração de menores. A apuração foi confirmada pela promotora de Justiça, Ana Maria França, responsável pela defesa dos direitos da criança e do adolescente em Bayeux. Ela explicou que o caso foi iniciado a partir de uma denúncia recebida pelo Disque 100, que relatava possíveis práticas de exploração infantil, especificamente por meio de vídeos de danças com conotação sexual.
A promotora, entretanto, destacou que a investigação ainda está em andamento e, devido à natureza do caso, envolvendo crianças e adolescentes, não divulgou detalhes adicionais sobre o procedimento. “Estamos acompanhando todas as informações e analisando o conteúdo das postagens para identificar possíveis práticas ilegais”, afirmou Ana Maria França. Caso sejam confirmadas práticas ilícitas, o MPPB tomará as medidas cabíveis.
Pressão de parlamentares para investigar o caso
Em uma sessão da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), terça-feira, 27 de maio, a vereadora Eliza Virgínia (PP) fez graves acusações contra o influenciador digital paraibano Hytalo Santos. Em seu pronunciamento, Eliza solicitou que o Ministério Público e as autoridades competentes investigassem o criador de conteúdo por suposta exploração sexual de crianças e adolescentes.
A parlamentar ressaltou que a denúncia é feita no mês de maio, dedicado ao enfrentamento da violência sexual contra menores. “Maio é o mês de enfrentamento à violência sexual. Já faço aqui uma denúncia para que este fórum investigue mais a fundo Hytalo Santos. Ele tem crianças e adolescentes em sua casa, e as meninas são tratadas como escravas sexuais”, afirmou Eliza durante o discurso.
Eliza também criticou o conteúdo produzido por Hytalo nas redes sociais, mencionando vídeos de dança com menores e alegando que esses jovens não possuem controle sobre seus perfis nas plataformas digitais. “Ele explora sexualmente adolescentes em vídeos, com dancinhas no TikTok. Além disso, está usando a perda de um bebê de uma das meninas para ganhar dinheiro nas redes sociais”, declarou.
A vereadora chamou a situação de “absurda” e reiterou a urgência de uma investigação detalhada por parte das autoridades competentes.
O vídeo pode ser conferido através desse link: https://www.instagram.com/reel/DKKd1VyNFU0/?utm_source=ig_web_button_share_sheet
O que é “adultização”
O termo refere-se ao processo pelo qual crianças ou adolescentes são expostos precocemente a situações, responsabilidades, comportamentos ou temas típicos da vida adulta, acelerando seu amadurecimento de forma inadequada para sua idade. Esse fenômeno pode ocorrer por diversos motivos, como pressões sociais, econômicas, culturais ou familiares, e envolve a perda da infância e da inocência, podendo afetar negativamente o desenvolvimento emocional, psicológico e social dos jovens. A adultização pode se manifestar, por exemplo, quando crianças assumem cuidados familiares, tomam decisões complexas, ou são expostas a conteúdos que deveriam ser reservados para adultos, o que compromete seu direito ao tempo necessário para crescer e aprender de acordo com seu estágio natural de desenvolvimento.
Regulamentação das redes sociais no Brasil busca maior responsabilidade contra crimes envolvendo crianças
A recente regulamentação das redes sociais no Brasil, impulsionada por decisões do STF e propostas do governo, visa combater mais eficazmente crimes como a “adultização”, pedofilia e outras formas de exploração infantil. Com a nova interpretação do artigo 19 do Marco Civil da Internet, as plataformas digitais poderão ser responsabilizadas diretamente por conteúdos ilegais, incluindo pornografia infantil e a exposição precoce a temas inadequados, devendo remover essas publicações de forma imediata, mesmo sem a ordem judicial. As empresas poderão ser punidas caso não tomem as devidas providências após a notificação.
Além disso, a regulamentação exige que as redes sociais adotem uma postura proativa, implementando medidas para identificar e bloquear esses conteúdos prejudiciais. Esse avanço fortalece a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, promovendo um ambiente mais seguro e livre de abusos e da adultização precoce na internet.
Com essa nova abordagem, as plataformas terão que aprimorar seus sistemas de moderação e tornar-se responsáveis pelo material que circula em seus espaços virtuais. Essa medida visa garantir maior cuidado na disseminação de conteúdos nocivos, protegendo menores de impactos emocionais e psicossociais. A regulamentação reforça o compromisso do Estado brasileiro em assegurar o desenvolvimento saudável das crianças, limitando o contato precoce com temas e situações que não pertencem ao universo infantil.
Assista: https://www.instagram.com/reel/DNJdjXBvRbV/?igsh=MWYwcDVlbzJiNjVpYQ==
Por Redação