
Cerca de 208 cidades fazem parte da região de influência de João Pessoa, de acordo com a pesquisa de Região de Influência das Cidades (Regic) 2018, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25). A relação da capital paraibana com outras localidades se estende além das divisas estaduais e tem entrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Feita a cada dez anos, a Regic analisa as associações entre diferentes cidades, por meio do deslocamento de pessoas em busca de bens e serviços, assim como das ligações entre sedes e filiais de empresas e instituições públicas multilocalizadas.

Formado pelos municípios de Bayeux, Cabedelo, Conde, Lucena e Santa Rita, o Arranjo Populacional de João Pessoa ocupa o 1º lugar na hierarquia da Paraíba, sendo considerada pelo IBGE como Capital Regional A. Quase todo o estado faz parte dessa rede urbana – constituída por diferentes regiões de influência que, de alguma forma, exerce papel de comando em atividades empresariais e de gestão pública, ou é responsável por suprir bens e serviços. Na Regic, o termo “cidade” define locais que podem ser compostos por um ou mais municípios, que estão muito próximos um do outro.
Entretanto, a pesquisa apontou que algumas cidades não estão ligadas a João Pessoa, como Conceição, no oeste paraibano, que, com os centros locais de Ibiara e Santa Inês, que lhe são subordinados, é vinculada ao Arranjo Populacional de Juazeiro do Norte, no Ceará. Outro caso é o do centro urbano de Princesa Isabel que, está associado exclusivamente a Serra Talhada, em Pernambuco.
Fora da Paraíba, o arranjo populacional de João Pessoa se liga à metrópole Recife, em Pernambuco, principalmente pelas relações de gestão do território, que inclui o vínculo estabelecido por filiais e sedes de empresas, bem como entre instituições públicas descentralizadas.
Patos ganha influência no oeste da PB e Campina cai na hierarquia
O Arranjo Populacional de Patos ganhou influência no estado ao longo de 11 anos, no comparativo com a última pesquisa, realizada em 2007. Conforme a Regic, naquele ano Campina Grande subordinava praticamente toda a região situada ao oeste da cidade. No entanto, em 2018, o cenário apresentado foi diferente, com a ascensão de Patos, que tomou o lugar de Campina Grande em quase toda região oeste do estado.
Além de Campina Grande, que passou de capital regional B para capital regional C, outras 10 cidades também perderam influência e caíram na classificação hierárquica do estado, como Itabaiana, Sousa e o Arranjo Populacional de Guarabira.
Em contrapartida, o estudo indica que oito cidades não apenas se tornaram mais influentes, como aumentaram a centralidade no estado, sendo essas São Bento, São José de Piranhas, Conceição, Picuí, Brejo do Cruz e Serra Branca, além dos Arranjos Populacionais de Solânea-Bananeiras e Cuité-Nova Floresta.
Segundo a pesquisa, a rede urbana é relativamente estável e tende a mudanças pequenas ou lentas com o passar dos anos, que podem ser causadas por diversos motivos, como a dinâmica ou grandes projetos econômicos, tendências históricas, alteração nas infraestruturas de transporte e mobilidade e questões migratórias. Na Paraíba, nesse mesmo período, aproximadamente 90% das cidades paraibanas não tiveram alteração de hierarquia, indicando estabilidade na rede urbana do estado.
PB: 6ª menor distância média do país para acesso a bens e serviços
A Paraíba apresentou a 6ª menor distância média do país, em linha reta, para acesso a bens e serviços, como apontou a Regic. De acordo com a pesquisa, o deslocamento médio realizado pela população é de 82 km, mesma medida observada no estado do Ceará, empatado na 6ª posição. Os resultados foram obtidos por meio de um questionário, em que os informantes indicavam quais os destinos mais procurados na busca por produtos e serviços.
Nos deslocamentos para compra de vestuário e calçados, móveis e eletroeletrônicos, assim como para atendimento de saúde de baixa complexidade e atividades culturais, o estado apresentou médias pequenas. Conforme a pesquisa, isso indica que alguns pontos espalhados pelo interior do estado conseguem atender as demandas das cidades.
No caso do deslocamento para ir a eventos esportivos ou praticar essas atividades, a Paraíba apresentou a menor distância do Brasil, de 32 km, que ficou abaixo da média do Nordeste, de 61 km, e do país, de 73 km.
Porém, nos quesitos de saúde de alta complexidade e de acesso a aeroportos, a média sobe consideravelmente, ambas com uma distância média de 158 km, o que indica uma maior concentração desses serviços na capital paraibana.
Além disso, algumas cidades na Paraíba se destacaram na pesquisa por apresentarem, em algumas questões, uma atração muito superior àquela que exerceram no geral, como os arranjos populacionais de Patos e Cajazeiras que obtiveram altos Índices de Atração no quesito de ensino superior.
Dados da Regic, relacionados aos quesitos de comércio e atendimentos de saúde, foram antecipados e já haviam sido divulgados este ano pelo IBGE, com o propósito de auxiliar na elaboração de medidas de combate ao contágio da Covid-19.
Portal Correio
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