Lula diz que Trump ‘dá mau exemplo’ ao mundo ao cancelar vistos de ministros do STF

Há quase um mês, EUA suspenderam autorização de entrada no país de Moraes e outros sete ministros da Suprema Corte brasileira.

Publicado: 14/08/2025

Lula e Donald Trump (Ricardo Stuckert /PR e White House/Divulgação)



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira (13) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por cancelar os vistos de entrada nos EUA dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Isso não é forma de comportamento de um presidente da maior economia do mundo. Isso não é civilidade. Isso é um mau exemplo para a humanidade. Durante muitas décadas e muitos anos, os EUA tentaram se apresentar como o país mais democrático, o país da oportunidade, da chance. Todo mundo ficava rico. E agora ele tem esse comportamento inexplicável e totalmente inaceitável”, declarou Lula, durante abertura da 4ª Conaes (Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária).

O petista afirmou, ainda, que o Brasil é mais democrático que os Estados Unidos.

“Não é possível que ele não conheça que este país aqui, em muitas coisas, é muito mais democrático que os Estados Unidos da América do Norte. Essas coisas é que me deixam pasmo e sem compreender o comportamento humano”, acrescentou Lula.

Revogação de vistos

Mais cedo nesta quarta, os Estados Unidos anunciaram a revogação dos vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo.

Ex-integrantes da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) também tiveram documentos cassados pela “cumplicidade” com o programa “Mais Médicos”.

Cassação de documentos

Em 18 de julho, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, informou que determinou a revogação do visto do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Rubio declarou, ainda, que o documento de familiares e “aliados” de Moraes no Supremo também estão suspensos — sem detalhar quais outros ministros foram afetados.

Após a determinação do secretário norte-americano, a ministra das Relações Institucionais, Gliesi Hoffmann, afirmou que oito ministros do Supremo tiveram o visto cassado — Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

A ação dos EUA ocorreu horas depois da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 4 de agosto, Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro.

Perguntas e respostas:

Qual foi a crítica de Lula em relação ao presidente dos Estados Unidos?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Donald Trump por cancelar os vistos de entrada nos EUA dos ministros do STF. Lula afirmou que esse comportamento não é civilizado e representa um mau exemplo para a humanidade, destacando que os EUA sempre tentaram se apresentar como o país mais democrático.

O que Lula disse sobre a democracia no Brasil em comparação com os Estados Unidos?

Lula declarou que o Brasil é mais democrático que os Estados Unidos, expressando sua surpresa com o comportamento do presidente norte-americano e questionando como ele poderia não reconhecer essa realidade.

Quais ministros do STF tiveram seus vistos revogados pelos Estados Unidos?

Os vistos do ministro do STF Alexandre de Moraes e de outros sete ministros foram revogados. A ministra das Relações Institucionais, Gliesi Hoffmann, confirmou que os ministros afetados incluem Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

Qual foi a razão dada pelos Estados Unidos para a revogação dos vistos?

A revogação dos vistos foi atribuída à “cumplicidade” dos ministros com o programa “Mais Médicos”. Além disso, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, mencionou que o visto de familiares e aliados de Moraes no Supremo também foi suspenso.

Quando ocorreu a revogação dos vistos e qual foi o contexto?

A revogação dos vistos ocorreu horas após uma operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 4 de agosto, Moraes havia decretado a prisão domiciliar de Bolsonaro, o que pode ter influenciado a decisão dos EUA.

Por R7

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