O veterano do UFC e multicampeão de Jiu-Jitsu, Mário Sukata, retornou ao Brasil em novembro para fortalecer os laços com sua equipe e transmitir conhecimento. Em visita à cidade de Campina Grande, Sukata, sua esposa Thay Sukata e Geisel Suel, líder da equipe na Paraíba, compartilharam suas perspectivas sobre a evolução do esporte e os desafios enfrentados.
Em seminário que aconteceu no Clube Campestre ontem, manhã de domingo (1° de dezembro), Mário Sukata reuniu mais de 60 praticantes de Jiu-Jitsu, bem como lideranças de vários polos da “Team Sukata”, como Eli Wanderley, Yves Conrado, Marcelo Carvalho e outros faixas pretas que fazem parte da Equipe Mário Sukata.
Em entrevista ao Se Liga PB, Mário Sukata expressou sua gratidão pela oportunidade de retornar ao Brasil e destacou a importância de preservar a história do Jiu-Jitsu. “Eu tento vir todo o ano. Minha mãe mora em Recife, e aproveito para visitar não só a família, mas também os alunos e a equipe. É fundamental manter esse vínculo pessoal, além do contato por mensagem ou vídeo”, afirmou. Ele também ressaltou a necessidade de os praticantes compreenderem a origem da arte marcial: “No Brasil, ainda mantemos a carreira e a história de quem começou a treinar e com quem. Lá fora, isso está se perdendo, e eu acho essencial que os alunos aprendam de onde vêm suas raízes”.

Para Sukata, o cenário europeu tem uma vantagem significativa em relação ao Brasil: a frequência das competições. “Na Inglaterra, você pode competir todo mês. Não há tanta preocupação com federações, o que cria um ritmo de competição intenso e melhora o nível técnico”, explicou. No entanto, ele confirma que o Brasil continua sendo o “celeiro mundial do Jiu-Jitsu”. A principal dificuldade no Brasil, segundo ele, é o fator financeiro, que muitas vezes impede a participação de competições em competições ou seminários.
Thay Sukata também contribuiu com sua experiência como competidora master. “A gente vive para o Jiu-Jitsu. Eu deixei meu trabalho como personal trainer para focar completamente nisso. A preparação é mais intensa quando você passa dos 30 anos. Eu treino todos os dias, com foco em mobilidade e prevenção de lesões”, relatado. Ela está se preparando para competir no Campeonato Europeu da IBJJF em Lisboa e pretende continuar competindo até o master 7.
Para Geisel Suel, conhecido como Geisinho, a visita de Mário Sukata é um marco para Campina Grande. “Ter nosso mestre vindo diretamente da Inglaterra é motivo de muita satisfação. Ele e sua esposa nos inspiraram a dar o nosso melhor”, disse. Geisinho acredita que a presença de Sukata eleva o nível técnico da equipe e fortalece a tradição local do Jiu-Jitsu. A presença de Mário Sukata em Campina Grande reforça não apenas a técnica, mas também os valores e a história que permeiam o Jiu-Jitsu, criando uma conexão única entre Brasil e Inglaterra e inspirando novas gerações a respeitar e valorizar suas origens.
Repórter Jilton Lucena










