O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a citar a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, na decisão em que determinou um reforço no policiamento ostensivo na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), proferida nesta terça-feira (26).
golpista “com o objetivo de evitar qualquer pronunciamento judicial definitivo” pelo Supremo em relação a seu pai, Jair Bolsonaro, se intensificou “com a possibilidade de conclusão do julgamento”, que está previsto para iniciar em 2 de setembro.
A decisão de Moraes atende a um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Em ofício enviado ao Supremo, a PF pediu “reforço urgente e imediato” de policiamento no entorno da casa de Bolsonaro, bem como a manutenção e constante checagem da tornozeleira eletrônica.
O pedido afirma que chegou ao conhecimento da PF informações sobre um “risco concreto” de fuga de Bolsonaro. O ofício menciona que o ex-presidente poderia tentar entrar na Embaixada dos Estados Unidos e, depois, pedir asilo político ao país.
A Embaixada, que fica a cerca de 10 minutos da casa do ex-presidente, é considerada uma extensão do território americano. Por isso, decisões judiciais brasileiras ou eventuais mandados de prisão contra Bolsonaro não poderiam ser cumpridos no local sem autorização do governo dos EUA.
“Tal circunstância poderia frustrar o cumprimento da ordem judicial e comprometer a aplicação da lei penal”, diz a PF no ofício.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto e está O ex-presidente está proibido de usar telefone celular e de receber visitas sem autorização judicial, com exceção dos advogados e familiares.
Eduardo nos EUA
Desde março deste ano, Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos após pedir afastamento do cargo, sem previsão de retorno ao Brasil.
Na última sexta (8), ele afirmou que irá enviar um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB), para defender o mandato.
O prazo de afastamento de Eduardo venceu no último dia 20 de julho, e com isso, o parlamentar começa a receber faltas não justificadas caso não retorne ao Brasil, o que pode resultar na perda do mandato.
Segundo ele, há uma “perseguição do ministro Alexandre de Moraes”, que o impede de retornar ao país.
Por CNN Brasil