Morreu aos 81 anos o fotojornalista Sebastião Salgado. A morte foi confirmada pela jornalista Sonia Blota, correspondente da Band em Paris. Salgado morreu nesta sexta-feira (23), na casa onde morava, na capital da França.
Sebastião Salgado deixa dois filhos e a esposa, com quem era casado há 57 anos. Ele deixa um legado no fotojornalismo e na fotografia brasileira, com mais de 120 países visitados e diversos prêmios conquistados durante a carreira.
Em nota, o Instituto Terra, ONG fundada por Sebastião e Lélia Salgado, lamentou a morte do fotógrafo.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade”, diz a nota.
“Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar”, conclui a nota.
O artista enfrentava problemas relacionados a uma infecção por malária desde os anos 90. Ele retratava e documentava as histórias mais impactantes do nosso tempo, como refugiados, comunidade indígenas, paisagens e sempre em preto e branco.
Em preto e branco, o estilo virou marca do fotógrafo. Para Sebastião, a ausência de cores permitia ao público interagir com a obra. Entre as obras que são destaques, tem até para cegos: o recém-lançado “Amazônia Touch”, com imagens em braile, além do recordista de vendas, “Gênesis”, de 2013, que revela aspectos da natureza pelo mundo e que vendeu 100 mil cópias.
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