Candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, o líder do Republicanos na Casa, Hugo Motta (PB), já angariou o apoio de 324 parlamentares. Fazem parte da chapa de Motta os seguintes partidos: PT, PV, PCdoB, PL, PP, MDB, Podemos e Republicanos. A expectativa é que, na próxima semana, o PDT também venha aderir à chapa.
A candidatura de Motta foi oficializada na terça-feira (29). No mesmo dia, publicamente, Lira informou que o paraibano era seu candidato. Até o momento, concorrem contra Motta os líderes Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA).
Há expectativa de que, nos próximos dias, Elmar retire sua candidatura e que o União passe a apoiar Motta. O deputado baiano, inicialmente, postulava como favorito na disputa, mas viu sua candidatura desidratar. Então, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), retirou a própria candidatura e lançou Motta.
Na avaliação de interlocutores de Motta, com o acirramento do tempo e com o amplo apoio dos demais partidos, a expectativa é de que o deputado chegue a fevereiro de 2025 – quando ocorre a eleição – como único postulante. Nos próximos dias, Elmar deve se encontrar ainda com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e, até mesmo, com Motta.
Nos últimos dias, Elmar chegou a chamar Lira de “cabo eleitoral” de Motta e disse que “perdeu um amigo”, em referência ao apoio do alagoano ao paraibano. Motta, contudo, permanece com o discurso de que manterá o “diálogo” até a “exaustão” com todas as bancadas na busca pelo maior apoio possível.
“Vamos procurar o União Brasil, procurar o deputado Elmar como também o PSD, o deputado Antônio Brito para buscarmos um entendimento. É claro que esse entendimento não depende só de nós, depende também da vontade de cada um compor conosco esse nosso projeto, mas o nosso intuito é montar o maior bloco parlamentar possível”, disse Motta na quinta-feira (31).
Ainda faltam os seguintes partidos declararem quem vão apoiar: PDT, PSDB-Cidadania, Avante, Solidariedade, PRD, Novo, PSOL, Rede e PSB.
O deputado republicano disse que, na próxima semana, continuará as negociações e encontros com as bancadas para dialogar.
“Cada partido tem a sua dinâmica interna, nós temos que respeitar como cada um decide a sua posição, mas não faltará de nós disposição para dialogar com esses partidos no sentido de contar com o apoio dessas legendas. Eles já estão sendo procurados, nós já temos procurado conversar, não essa semana, mas já de dias anteriores, e procuraremos agora com a volta dos parlamentares presencialmente a Brasília”, pontuou.
Composição da mesa diretora
Conforme apurou o R7, o PL — que tem a maior bancada da Casa — deve ficar com a primeira vice-presidência da Casa, seguindo a ordem de proporcionalidade dos partidos. O líder da sigla na Câmara, Altineu Cortês (RJ), é cotado como um nome para o posto.
Seguindo a ordem de proporcionalidade, o PP pode ficar com a segunda vice-presidência e o PT deverá continuar com a primeira secretaria da mesa. Já o MDB com a segunda secretaria.