Na zona rural de Quixaba, área rural do município de Picuí, pelo menos nove mulheres, das mais de 25 associadas, desenvolvem o trabalho com as frutas umbú, caju e coco. Os materiais feitos são justamente a partir da fruta extraída naquela região. O projeto tem objetivo de fomentar o empreendedorismo feminino.
“São 25 mulheres que são associadas atualmente, mas na ativa são nove que estão trabalhando diariamente, de segunda a sexta, produzindo e vendendo para Bahia, Maranhão, Belo Horizonte, onde pede a gente entrega”, disse Damiana Morais, presidente da associação.
Em relação a matéria prima para produção dos materiais, as próprias mulheres colhem os frutos para produção. Por mês, a produção gera cerca de R$ 30 mil, que é dividido proporcionalmente de acordo com as horas trabalhadas e destinadas ao projeto.
“Eu vivia em casa, sou da agricultura, no roçado, ajudando meu marido a cortar lenha e catar, aí quando eu passei a vir para cá, tudo melhorou”, relatou Adriana Mohamed, uma das produtoras da associação.
O projeto surgiu devido uma necessidade criada a partir das condições climáticas da região do Seridó paraibano para as mulheres que já trabalhavam como agricultoras. A fundadora da associação “Mulheres da Quixaba” disse que, antes do projeto, parte delas ficava ociosa.
“As mulheres da Quixabá não tem muito o que fazer, porque as chuvas são poucas, as mulheres se limitam a ficar em casa, esperando pelos auxílio do Governo Federal, então, partindo daí, tivemos essa ideia, fundamos a associação e começamos a luta em buscar apoios”, explicou Ednalva Dantas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/N/U/VY2SuNTJ2ypuAncDu29g/mulheres-da-quixaba-3.jpg)
Pelo menos 25 mulheres são associadas e nove trabalham atualmente no interior da Paraíba — Foto: TV Paraíba
De acordo com a fundadora, inicialmente foi buscada uma capacitação para trabalhar com o umbú pela pioneiras da associação e, posteriormente, a expertise com outras frutas foram sendo acrescentadas ao empreendimento.
“A primeira porta que a gente bateu foi na antiga Emater, hoje Empaer, buscamos uma capacitação para se trabalhar com umbu, fruto nativo da região”, disse.
A participação na COP30
Foto: Reprodução / Redes SociaisApesar da produção ser totalmente paraibana, os doces e outros materiais produzidos pelas associadas vão ser exibidos no painel do estado do Pará, já que a Paraíba não vai ter uma exposição própria no evento. No entanto, as mulheres vão participar das mesas de negociação.
“Imagine só, as delícias da Quixabá trigésima Conferência Mundial trabalhando sobre a questão climática. Nós estamos indo lá com um projeto, de desenvolver o empreendedorismo da mulher rural”, ressaltou Ednalva Dantas, fundadora da associação.
Mesmo com a participação na cúpula do clima, a visão da associação é, em primeiro lugar, para ajudar as mulheres da região do interior da Paraíba, para a mulher rural ser inserida no mercado de trabalho e ser reconhecida.
“Aqui, esse lugar [o sítio Quixabá], ele foi construído a partir de sonhos. Sonhamos em ter um futuro melhor, sonhamos onde a mulher rural fosse inserida no mercado de trabalho. É dado um duro muito grande, essas mulheres trabalham duro para que essas produções aconteça”, disse.
A Conferência do Clima é anualmente realizada em diferentes países, que reúne diversos líderes mundiais com intuito de discutir formas para beneficiar o meio ambiente e conter os avanços da poluição e problemas climáticos.
Por g1 PB










