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Municípios paraibanos dobram gastos com Previdência em sete anos

Publicado: 25/06/2019

Municípios vão pressionar deputados paraibanos a incluírem os estados e municípios na reforma da Previdência. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Os prefeitos iniciaram um trabalho de convencimento dos deputados federais paraibanos para que eles briguem pela inclusão dos municípios na Reforma da Previdência. O trabalho está sendo coordenado, no Estado, pela Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup). Isso por que o texto em discussão na Comissão Especial formada na Câmara dos Deputados, exclui estados e municípios do debate. O presidente da entidade, George Coelho (PSB), tem demonstrado pressa para a inclusão das cidades na reforma. Para quem quiser conferir o motivo, basta dar uma olhada nas despesas das prefeituras. Elas praticamente dobraram os gastos com 0 pagamento de aposentadorias e pensões para os trabalhadores em sete anos. Em alguns casos, as despesas mais que dobraram.

Confira o quadro das dez maiores economias do Estado:

João Pessoa
2011: R$ 1,3 bilhão
2018: R$ 1,9 bilhão

Campina Grande
2011: R$ 523,6 milhões
2018: R$ 896,1 milhões

Santa Rita
2011: R$ 140,8 milhões
2018: R$ 230,5 milhões

Patos
2011: R$ 120 milhões
2018: R$ 241,2 milhões

Bayeux
2011: R$ 76,2 milhões
2018: R$ 177,7 milhões

Sousa
2011: R$ 73,7 milhões
2018: R$ 129,9 milhões

Cabedelo
2011: R$ 121,4 milhões
2018: R$ 236,8 milhões

Cajazeiras
2011: R$ 65,1 milhões
2018: R$ 134,6 milhões

Guarabira
2011: R$ 52,7 milhões
2018: R$ 108 milhões

Sapé
2011: R$ 59,9 milhões
2018: R$ 99,3 milhões

A campanha encabeçada pelos prefeitos  foi chamada de Movimento Municipalista pela Reforma da Previdência – Equilíbrio. “Defendemos a aprovação da medida com a manutenção dos municípios e a sua aplicação imediata. Estamos em contato com nossa bancada federal para que defenda os interesses dos municípios”, disse o presidente da entidade municipalista George Coelho em entrevista recente. A expectativa dele é que com a aprovação da PEC se chegue a uma redução de despesa de R$ 41 bilhões em quatro anos e R$ 170 bilhões em dez anos com aposentadorias e pensões para os 2.108 municípios com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) no Brasil. A Paraíba possui 70 municípios com regimes próprios e a economia chega a R$ 748.399.048,64 em quatro anos e R$ 6.761.188.281,25 em 20 anos.

George destaca que a população vem vivendo mais e esse aumento da expectativa de vida fez com que houvesse um grande desequilíbrio nas contas da previdência, que chegou a um déficit orçamentário de R$ 270 bilhões em 2018 e pode chegar a R$ 300 bilhões este ano.

A situação para o Estado também não é boa. Os cálculos atuais da Previdência paraibana mostram uma situação bem complicada. Eles foram revelados em meio ao relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias. A matéria aprovada na Assembleia Legislativa mostra que o déficit previdenciário no ano que vem chegará à casa de R$ 4,5 bilhões. E pior, este volume aumentará para quase R$ 10 bilhões em 2023. O quadro serve para ilustrar o motivo pelo qual o governador João Azevêdo (PSB) tem defendido a manutenção dos estados e municípios no texto da reforma em tramitação no Congresso.

Com Jornal da Paraíba

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