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Nove meses após destruição, Prefeitura de Areia contrata empresa por quase R$ 200 mil para reversão de danos no Casarão José Rufino

Em janeiro, a população de Areia promoveu diversas denúncias sobre a destruição do casarão. Pelo menos três senzalas do local tiveram o piso retirado sem permissão do Iphan.

Publicado: 24/10/2023

FOTO: REPRODUÇÃO

Nove meses após o que seria uma ação de restauração acabar destruindo o Casarão de José Rufino, no município de Areia, a Prefeitura assinou um contrato para a execução de estudos e laudos para análise da situação do prédio e possível projeto para reversão de danos. O contrato foi verificado com base em dados do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

O contrato com a Prefeitura de Areia foi feito com a empresa Ulisses Pernambucano Pesquisa, Patrimônio Cultural e Ambiental, sediada em Recife.

A empresa vai executar serviços especializados de arquitetura e arqueologia para elaboração de projeto de restauração e reversão de dano causado à edificação conhecida como ‘Casarão José Rufino’, que tem mais de 200 anos e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O valor do contrato entre a Prefeitura e a Ulisses Pernambucano é de R$ 181.378,44 e tem validade até 19 de fevereiro de 2024.

Destruição começou em janeiro

Em janeiro, o ClickPB noticiou que a população de Areia promoveu diversas denúncias sobre a destruição do local. Pelo menos três senzalas do casarão tiveram o piso retirado sem permissão do Iphan. 

Em pronunciamento na época, o Iphan afirmou que a Prefeitura não pediu autorização para executar a obra e que a ação causou prejuízos irreversíveis ao Casarão.

“Há sim prejuízos irreversíveis. Das três senzalas afetadas, no máximo uma se conseguirá recolocar o piso antigo e mesmo assim não ficará completa”, informou  ao ClickPB o chefe da divisão técnica do órgão, Raglan Gondim.

O Casarão é de propriedade do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), sendo cedido à Prefeitura. Ainda em janeiro, o TJPB notificou a Prefeitura questionando sobre as obras no local.

Em fevereiro, além do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (Iphaep) também embargou a obra realizada pela Prefeitura.

Em março, a prefeita de Areia, Silvia Cunha Lima, justificou que os problemas causados no Casarão aconteceram por “erro de execução da equipe de trabalho”. 

Veja abaixo o contrato assinado entre a Prefeitura de Areia e a empresa que vai realizar os relatórios e estudos:

Com ClickPB

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