Por conta de uma doença que transforma a musculatura em ossos, a estudante de serviço social Martinha Brito, 45 anos, está há 29 anos sem se sentar e precisa de camas especiais para conseguir dormir.
“A doença me transforma em uma estátua-viva. Me sinto presa em meu próprio corpo, em uma prisão feita de ossos”, afirma a moradora de Viçosa, no Ceará.
Martinha tem a fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP), uma doença rara que leva à formação de ossos no interior do tecido muscular e que restringe a capacidade de movimentação.
A FOP é uma #doençagenética, que se desenvolve desde o embrião. O problema atinge aproximadamente um indivíduo a cada 2 milhões de nascidos vivos. A ONG FOP Brasil estima que 130 pessoas no país possuem essa condição, entre elas Martinha.
“Sou uma das pessoas com #FOP que apresenta melhor mobilidade e, ainda assim, tenho uma série de movimentos restritos. Não me sento desde os 16 anos. Não posso ficar de pé, firme, tenho que estar sempre apoiada. Não tenho flexibilidade do joelho. Não levanto os braços e nem os abro. Não posso me abaixar. Não movimento o pescoço também”, lista Martinha.
Os problemas dela começaram aos seis anos, após receber uma vacina que inflamou a musculatura de seu braço e iniciou um processo de ossificação. Depois, a doença passou a operar em ciclos em que “apareciam” ossos em seu corpo.
Por Metrópoles Saúde