Trama golpista: Bolsonaro e mais 6 têm até quarta-feira para entregar últimos argumentos da defesa

As equipes jurídicas dos acusados afirmaram que estão em fase de revisão, finalizando o material e, por isso, devem usar todo o prazo de 15 dias.

Publicado: 11/08/2025

Foto: Reprodução



As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais seis réus da chamada trama golpista têm até quarta-feira (13) para entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as últimas considerações sobre o processo, as chamadas alegações finais.

Concluída esta etapa, o relator, ministro Alexandre de Moraes, já pode pedir que o caso seja incluído na pauta de julgamentos da Primeira Turma do Supremo.

A expectativa é de que os ministros decidam em setembro se os réus do chamado núcleo crucial serão absolvidos ou condenados por liderar uma ação golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas em 2022.

Bolsonaro é apontado como líder da organização criminosa.

Advogados afirmam que vão pedir a absolvição dos réus por questões processuais e, ainda, sustentar a inocência, já que, segundo eles, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não teria conseguido comprovar que os acusados, de fato, atuaram na preparação e para efetuar um golpe de estado.

As equipes jurídicas dos acusados afirmaram que estão em fase de revisão, finalizando o material e, por isso, devem usar todo o prazo de 15 dias.

Além de Bolsonaro, a PGR também pediu a condenação de:

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Eles respondem por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada.

Também integrava o chamado núcleo crucial o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro o tenente-coronel Mauro Cid. Como o militar fechou um acordo de delação premiada, a defesa dele entregou primeiro as alegações finais. Isso permite a ampla defesa dos demais acusados.

O que disse a PGR?

Nas alegações finais, a PGR afirmou que o grupo de Bolsonaro, formado por integrantes do governo e das Forças Armadas, executou um plano para enfraquecer as instituições democráticas e impedir a alternância legítima de poder após a derrota nas eleições de 2022, o que incluía até mesmo o assassinato de autoridades.

“Não há como negar fatos praticados publicamente, planos apreendidos, diálogos documentados e bens públicos deteriorados. Se as defesas tentaram minimizar a contribuição individual de cada acusado e buscar interpretações distintas dos fatos, estes não tiveram como ser negados”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Fonte: G1

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