
A imprensa nacional repercutiu a denúncia da cantora transexual paulista, Linn da Quebrada, que apontou censura no cancelamento de seu show na Parada LGBT de João Pessoa. A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), da PMJP, é apontada como organizadora do evento.
No Instagram, Linn da Quebrada disse que a Funjope considerou seu show “muito pejorativo” para o evento, ao alegar o motivo do cancelamento da sua apresentação. A nota de esclarecimento, que pode ser lida na íntegra no final desta matéria, foi acompanha de uma imagem que diz: “Comunicado. Censura.”
A mídia nacional repercutiu o fato. Folha de São Paulo, Revista Fórum e UOL publicaram matérias sobre a denúncia de Linn da Quebrada.
Diversos famosos, como os atores globais Jesuíta Barbosa, Camila Pitanga e Fabrício Boliveira, além de Clarice Falcão e Glória Groove, manifestaram solidariedade a Linn da Quebrada e alguns paraibanos questionaram a Funjope sobre o cancelamento, nos comentários da publicação da cantora.

Veja a nota de Linn da Quebrada.
COMUNICADO – CENSURA
Hoje, sexta-feira, 2 de Agosto de 2019, nós, da #EquipeDaQuebrada, publicamos a seguir uma nota oficial a respeito do caso de censura que sofremos com o show da Linn da Quebrada em João Pessoa (PB), que aconteceria no dia 29 de Setembro, como parte da programação da “Parada LGBT” da cidade, evento organizado pela @funjopejp – Fundação Cultural de João Pessoa, que vetou o show por considerarem o discurso da artista, nas palavras da FUNJOPE, “muito pejorativo” para o evento.
Estávamos desde Julho em negociação com a Frankla (co-organizadora do evento), cumprimos todos os processos burocráticos para a realização do show. Porém, após uma reunião da organização da parada, juntamente com a FUNJOPE, recebemos a informação de que o show não aconteceria. A justificativa do veto se deu pelo posicionamento que Linn da Quebrada tem como artista, consequentemente seu trabalho, e o que a mesma representa como corpo político.
Devido a esse posicionamento da FUNJOPE, Frankla, que até então fazia parte da organização e estava em contato direto com nossa equipe, nos comunicou do ocorrido e se afastou de suas funções, justamente por ver nesse trâmite um processo de censura do nosso trabalho, que não deixa também de expressar um cunho transfóbico nas dinâmicas orquestradas por essas organizações.
Ao recebermos o e-mail do setor de “ação cultural” da parada cancelando o show, questionamos se havia algum problema em nossa documentação ou outro motivo que justificasse o ocorrido e recebemos a seguinte resposta: “não foi documentação (…) foi só orientação mesmo.” – frisamos aqui que entendemos bem o termo “orientação”, sabemos ao que ele se refere e significa – CENSURA!
Com muita indignação, a #EquipeDaQuebrada cobra um posicionamento oficial dos envolvidos no caso e na sequência manifesta sua opinião de acordo com a fala da própria artista censurada, Linn da Quebrada.
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