Nos últimos anos, um fenômeno vem chamando a atenção nas redes sociais: grupos de pessoas se organizam para denunciar em massa perfis no Instagram com o objetivo de derrubá-los. Essa prática, que pode parecer apenas uma “brincadeira” ou uma forma de retaliação, pode, na verdade, trazer consequências sérias – e até ser considerada crime.
O que é “derrubar” uma conta no Instagram?
Derrubar uma conta significa fazer com que o Instagram a suspenda ou exclua. Isso geralmente acontece quando um perfil recebe muitas denúncias em um curto período de tempo, fazendo com que a plataforma analise e, em alguns casos, remova o usuário do ar. Algumas pessoas usam essa estratégia para prejudicar desafetos, influenciadores ou até concorrentes comerciais.
Pode dar problema na Justiça?
Sim. Dependendo da situação, derrubar uma conta de forma injusta pode ser considerado crime no Brasil. Veja algumas infrações que podem estar envolvidas:
- Falsa denúncia – Se as pessoas fizerem denúncias mentirosas sobre um perfil, podem ser enquadradas em calúnia ou difamação.
- Cyberbullying e perseguição (stalking) – Se a ação for repetitiva e feita com o intuito de prejudicar alguém, pode ser considerada perseguição, crime previsto no artigo 147-A do Código Penal.
- Prejuízo comercial – Se a conta for de um negócio e a derrubada causar prejuízo financeiro, os envolvidos podem responder por danos morais e materiais.
O Instagram aceita qualquer denúncia?
Não. O Instagram tem regras para remover perfis e, teoricamente, não exclui contas apenas porque foram denunciadas muitas vezes. A plataforma analisa cada caso para ver se realmente há alguma violação. Porém, existem situações em que contas são derrubadas injustamente, principalmente quando há um volume muito grande de denúncias de uma vez.
O que fazer se sua conta for derrubada injustamente?
Se seu perfil for removido sem motivo, você pode recorrer dentro da própria plataforma. O Instagram tem um sistema de apelação, onde o usuário pode solicitar uma revisão. Caso o problema não seja resolvido, buscar ajuda judicial pode ser uma alternativa.
Redação