A análise, referente à Semana Epidemiológica 37 (de 7 a 13 de setembro), destaca a importância de medidas preventivas para conter o avanço da doença.
Vacinação é prioridade
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, a vacinação continua sendo a principal estratégia para evitar casos graves e mortes por Covid-19.
“É fundamental que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão com a vacinação em dia. Idosos devem tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto imunocomprometidos devem reforçar anualmente”, reforça Portella.
Paraíba entre os estados em alerta
Além da leve alta nos casos de SRAG por Covid-19, a Paraíba também aparece entre os 10 estados com incidência da síndrome em níveis de alerta, risco ou alto risco, mesmo sem tendência de crescimento a longo prazo. Isso indica que o cenário requer monitoramento constante, sobretudo em hospitais e unidades de saúde.
Vírus respiratórios em circulação
Entre os vírus respiratórios identificados nas últimas semanas, o SARS-CoV-2 (Covid-19) representa 17,3% dos casos positivos de SRAG no país. Além dele, estão em circulação:
- Rinovírus – 47,3%
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 17,7%
- Influenza A – 10,2%
- Influenza B – 1,7%
Embora o rinovírus seja hoje o principal causador de hospitalizações por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos, a Covid-19 ainda representa risco elevado para idosos, como indica a alta de casos em outros estados, como DF, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.
Balanço de 2025
De janeiro até setembro de 2025, já foram notificados mais de 176 mil casos de SRAG no Brasil, com 10.577 óbitos. Destes, 52,5% tiveram confirmação laboratorial para vírus respiratórios, sendo:
- SARS-CoV-2 (Covid-19): 21,7% dos óbitos
- Rinovírus: 13,6%
- VSR: 12%
- Influenza A: 52%
- Influenza B: 1,8%
Nas últimas quatro semanas, a Covid-19 foi responsável por 42,8% dos óbitos por vírus respiratórios, reforçando a necessidade de atenção contínua.
Recomendação para a população paraibana
- Atualize seu cartão de vacinação, principalmente se você faz parte do grupo de risco (idosos, imunocomprometidos, pessoas com comorbidades).
- Em caso de sintomas gripais intensos, procure atendimento médico imediato, especialmente se houver dificuldade para respirar, febre persistente ou fadiga intensa.
- Mantenha hábitos de higiene, como lavar as mãos com frequência e usar máscara em ambientes com aglomeração, especialmente durante surtos.
A leve alta nos casos na Paraíba é um lembrete de que, embora estejamos em um momento mais controlado da pandemia, o vírus continua circulando e requer atenção — sobretudo dos mais vulneráveis.
Fonte: PB Agora