A facilidade das telas e as inúmeras opções de entretenimento nos celulares e computadores parecem tornar os livros pouco atrativos para as crianças. No entanto, a leitura é indispensável para ajudá-las nos desenvolvimentos cognitivo e intelectual. De acordo com Luciano Leal, doutor em Linguística e docente do curso de Pedagogia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande, além de ajudar a criança a falar melhor, o hábito de ler também permite a formação de cidadãos críticos.
“O ato de ler deve ser concebido como uma prática social, no sentido de proporcionar inclusão social e preconizar cidadãos críticos, atípicos e responsivos por meio do acesso ao conhecimento, a partir da interpretação de textos”, ressalta.
Um dos grandes desafios para pais e professores é tornar a leitura algo agradável. Leal explica que é quase impossível se afastar da tecnologia, pois todos estão expostos a telas. “Ler por meio de aparelhos eletrônicos pode ser algo mais próximo às crianças da atualidade. Inclusive, há dispositivos que servem bastante para quem gosta de ler no celular ou tablet. Porém, é importante estar ciente sobre o conteúdo consumido, assim como evitar o uso demasiado, pois não é benéfico”.
De acordo com o especialista, as revistas em quadrinhos (gibis) são bastante recomendáveis ao público infantil, já que as narrativas compostas por textos e desenhos torna a leitura mais fácil de ser assimilada. “Além disso, os HQ’s mexem com o imaginário da criança, além de aumentar o vocabulário e melhorar a capacidade de interpretação textual”, comenta.
Administrar o tempo na frente das telas
“A proibição não é o melhor caminho, pois a tecnologia está ao alcance de todos. Então, é preciso realizar um acordo, no qual o tempo nas telas será delimitado e livros físicos serão oferecidos. Lembrando que é importante não permitir uma exposição demasiada. A ideia principal é administrar o tempo para que isso não se torne um vício”, explica.
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