O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, foi reeleito matematicamente. Com 90% das urnas apuradas, Nunes conquistou 59,57% do eleitorado, com 3 milhões de votos, enquanto Guilherme Boulos, do PSOL, recebeu 40% dos votos. As pesquisas já davam Nunes como favorito, após ganhar o primeiro turno, em uma eleição amplamente acirrada, com Pablo Marçal conquistando o terceiro lugar, com 28,15% dos votos.
Boulos contava com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tinha como candidata a vice a petista Marta Suplicy e ganhou somente em três zonas eleitoras. Os dados também mostram uma ampla migração dos votos de Marçal para o prefeito.
Dessa forma, o MDB, um dos maiores partidos do Brasil, levará a prefeitura de São Paulo pela primeira vez. Nunes é paulistano e desde 18 anos é filiado ao MDB e foi eleito com o apoio de Tarsísio de Freitas, Jair Bolsonaro e outros partidos de direita.
Aos 21 anos, disputou pela primeira vez as eleições para vereador da cidade. Não foi eleito. Vinte anos depois, em 2012, recebeu mais de 30 mil votos e foi eleito para a sua primeira legislatura na Câmara Municipal de São Paulo. Em 2016, reeleito com 55 mil votos.
Foi presidente da Associação Empresarial Região Sul (Aesul) e fundador da Associação das Empresas Controladoras de Pragas do Estado de São Paulo (Adesp). Além disso, é voluntário, há mais de 20 anos, na Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (Sobei).
De perfil político mais conservador, Nunes, no mandato de vereador, tentou barrar menções a termos de gênero do Plano Municipal de Educação, argumentando que sexualidade não deveria ser tema nas salas de aula.
Em 2020, se tornou vice-prefeito de Bruno Covas (PSDB) em uma aliança montada pelo ex-governador João Doria. Um ano depois, assumiu a prefeitura após a morte do tucano em decorrência do câncer da transição esôfago-gástrica e complicações do tratamento.
Redação