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Paraíba realiza mutirão para coleta de material genético de familiares de desaparecidos

As coletas ocorrem nas unidades da Polícia Científica da Paraíba, localizadas na capital e nas cidades de Campina Grande, Guarabira, Patos e Cajazeiras.

Publicado: 28/08/2024

Foto: Jamile Ferraris/MJSP

A Paraíba realiza um mutirão para coleta de material genético de familiares de desaparecidos no Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC-PB). Em João Pessoa, a coleta ocorre no IPC, localizado no bairro do Cristo. A mobilização faz parte do “Dia D” da campanha nacional de identificação de pessoas desaparecidas. Na Paraíba, 505 pessoas estão desaparecidas, 370 são homens, 135 mulheres e 89 são crianças e adolescentes.

“O familiar precisa fazer o Boletim de Ocorrência se ainda não registrou o desaparecimento. Se já tem o registro do BO, basta ir o parente de primeiro grau para o IPC mais próximo da sua cidade. São cinco unidades em toda a Paraíba, João Pessoa, Guarabira, Patos, Campina Grande e Cajazeiras onde tem as unidades da Polícia Cientifica. Convocamos os familiares de pessoas desaparecidas que ainda não realizaram as coletas para que compareçam. Quem já participou”, explicou Aslan Rodrigues, do IPC da Paraíba.

As coletas ocorrem nas unidades da Polícia Científica da Paraíba, localizadas na capital e nas cidades de Campina Grande, Guarabira, Patos e Cajazeiras. Embora a mobilização nacional ocorra entre os dias 26 a 30 de agosto, a ação se prolonga durante todo o ano, em todas as unidades do Instituto de Polícia Científica.

A campanha, que integra a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, é promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com o Governo do Estado da Paraíba, por meio da Polícia Civil e do IPC/PB.

A força-tarefa visa coletar material biológico de familiares de pessoas desaparecidas, o que possibilitará o cruzamento com perfis genéticos de pessoas encontradas vivas e falecidas com identidade desconhecida em todo o País.

Ainda segundo o IPC, o familiar de primeiro grau pode levar algum item pessoal da pessoa desaparecida, como escova de dente ou de cabelo. O familiar que já fez a coleta não precisa fazer novamente. “Se a pessoa for encontrada morta, o IPC entra em contato com o banco nacional e informará a família”, diz a instituição.

A iniciativa ocorre em alusão ao Dia Internacional da Pessoa Desaparecida (30 de agosto).

Rede
Na segunda etapa, o foco estará no recolhimento de impressões digitais e de material genético de pessoas vivas com identidade desconhecida. Por fim, será coordenada a pesquisa de impressões digitais de corpos não identificados armazenadas em cada unidade federativa. Nessa etapa, conhecida como análise do passivo (backlog), os dados são comparados com os registros existentes nos bancos de biometrias. Essas informações farão parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) — alimentado pelas secretarias estaduais de Segurança em parceria com a Polícia Federal.

Cruzamentos
As amostras genéticas de pessoas vivas e falecidas com identidade desconhecida analisadas pelos laboratórios da RIBPG são enviadas rotineiramente ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, onde são feitos os cruzamentos de dados em nível nacional com perfis coletados pelos 23 laboratórios de genética forense que compõem a rede. A identificação genética desempenha papel crucial na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, instituída pela Lei nº 13.812/2019.

Cenário
Entre janeiro e agosto de 2024, desapareceram 45.670 pessoas, sendo 29.498 do sexo masculino e 15.833, do feminino. Desse total, 12.148 tinham até 17 anos e 32.415, mais de 18 anos. Já em relação a pessoas localizadas, o número total foi de 30.016, com 10.736 do sexo feminino e 17.931, do masculino. Já foram localizadas 7.654 pessoas de até 17 anos e 20.887 de até 18 anos, em 2024.

Fonte: ClickPB

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