A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Esperança, Marizelda Salviano, e o primeiro secretário Édson Jhony, durante entrevista ao Programa Se Liga PB, nesta segunda-feira (10), convidaram a população para a 16ª edição da “Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia”, que acontece na próxima quinta-feira, dia 13, na cidade de Esperança.
O evento terá início às 8h da manhã, com concentração na Praça da Cultura, e contará com a presença da artista Lia de Itamaracá, grande defensora da causa, além de caravanas de municípios da região, de outros estados do Brasil e, inclusive, representantes da França.
De acordo com a sindicalista, a luta em prol da vida e direitos das mulheres tem alcançado importantes conquistas, porém muitos desafios, infelizmente, ainda permeiam o tema dentro da sociedade. Ela pontuou a importância do debate e da boa informação para fortalecer a luta das mulheres, que buscam ser respeitadas, reconhecidas profissionalmente, valorizadas e protegidas contra todo tipo de violência.
“Não devemos romantizar o dia 8 de março, não queremos apenas ganhar flores, queremos ganhar respeito. Estamos para reivindicar nossos direitos e nossa marcha foi um espaço criado pelas mulheres camponesas contra as várias formas de violência”, explicou.
A agricultora enfatizou que o evento abrange todo o Polo da Borborema e tem o objetivo de lutar pelos direitos não só das mulheres, mas também do homem do campo e agroecologia.
Nessa edição, a marcha tem como tema “Mulheres em defesa da Borborema Agroecológica”, e promete reunir um grande número de pessoas, que ocuparão as principais ruas da cidade de Esperança.
“Trazemos o debate para as ruas e, hoje, já estamos com mais de 5 mil pessoas. Falamos mulheres, mas não são apenas mulheres, é todo um movimento”, destacou Marizelda.
A representante contou que o movimento levantará, mais uma vez, o debate sobre os prejuízos causados pelos grandes parques eólicos, visto que a implantação desse tipo de energia tem avançado na região e essa não seria uma fonte de energia totalmente limpa como é propagada.
“A gente vem debatendo esse tema há 4 anos e trazendo para as ruas. Esses grandes empreendimentos tiram muitos direitos dos nossos agricultores e essa forma de energia modifica a forma de vida”, disse. “Nosso território não é lugar de grandes parques eólicos”, acrescentou.
De acordo com Marizelda e Édson, os grandes parques eólicos, que vêm sendo amplamente divulgados e defendidos por muitos da classe política, provocam grandes prejuízos ao pequeno agricultor, além de impactar negativamente no meio ambiente e na saúde das mulheres.
“A marcha é pela vida das mulheres e agroecologia, mas é um movimento de todos”, ressaltou Édson, que tem feito todo um trabalho de mobilização também com a juventude camponesa.
O evento é aberto ao público e todos podem participar, com transporte garantido para moradores da zona rural, além de caravanas das cidades do regional.
“Reafirmamos o convite e reforçamos a importância da participação de todos. Homens, mulheres, juventude do campo e da cidade, todos são convidados a participar desse momento em defesa da vida e contra toda forma de violência. Vamos juntos fortalecer essa luta que é tão importante para todos nós”, concluíram.
Redação